domingo, 5 de dezembro de 2010

Conselho do DEPEL

DEPEL é a abreviação de Departamento de Engenharia Elétrica. Este departamento é responsável pelos cursos de Eng. Industrial Elétrica com suas ênfases( Eletrônica, Eletrotécnica e Telecomunicações) bem como a Eng. Industrial de Controle e Automação. Abaixo há um pequeno glossário explicando alguns termos que foram utilizado no texto, mas são incomuns para nós alunos no dia-a-dia.

Glossário


Docente: Professor

Discente: Aluno                 
                                      
Regime D.E. : Regime de Dedicação Exclusiva, onde um professor deve trabalhar apenas na instituição com a qual mantém este vínculo e assim, à total disposição da mesma. Um professor neste regime de trabalho não pode, por exemplo, afirmar que não tem disponibilidade para dar aula dentro do período de trabalho.

Colegiado: grupo de pessoas, de igual autoridade, que é responsável pela tomada de certas decisões.


Quem estava presente...

Estavam presentes na reunião bastantes professores do DEPEL, a ponto de não ser possível dizer todos eles aqui, afinal, não lembrarei de todos e nem conhecia todos. Em número, eram em média 20 professores .Como representantes discentes(dos alunos) estavam  Fábio(Presidente do D.A.), Luciano(Vice-presidente do D.A.  -eu-), Thiago Tuxi(Diretor de Automação do D.A.) e Maurício(Eng° Eletrônico, que fez reingresso para Eng.Automação. Ele tem uma atuação marcante nos nossos últimos movimentos discentes  da graduação na Instituição). Dois professores justificaram a ausência na reunião, profs. Pedroza e Muci.

Mais um professor para Eletrônica...

A reunião começou com a leitura da ata da última reunião, formalismo. Então foi iniciada efetivamente. O professor Milton(Chefe do Depertamento de Eng. Elétrica – DEPEL) citou que o professor Weber, que está afastado, quer voltar a dar aulas na área de Eletrônica e fez um pedido formal ao Departamento. Este professor, não era regime D.E mas deseja voltar a trabalhar neste regime. Todos apoiaram a proposta dada a situação crítica do CEFET por conta da aposentadoria de muitos professores. O professor João de Eletrotécnica falou que deveria ser apresentado um plano de trabalho por parte do professor. Afinal, se entrará em Regime de Dedicação exclusiva, deverá haver explanação sobre como ele irá atuar na Instituição. Adicionou ainda que este plano de trabalho deveria existir para todos os professores D.E. O colegiado decidiu então, por unanimidade, que o professor Weber deveria apresentar um plano de trabalho na proposta de retorno à Instituição.

Novo Chefe do DEPEL: Prof. Aquino

     O segundo assunto foi a nomeação do Professor Aquino como novo chefe do DEPEL, por ser candidato único ao cargo. O prof. Milton dispensou mais comentários dado todo o notável histórico do prof. Aquino, todos os professores assentiram neste momento e mostraram apoio à posse do mesmo.

Ex-diretor da O.N.S deseja voltar a lecionar no CEFET

     Após a votação, um ex-professor, se apresentou. Seu nome é Fortunato, o mandato dele de 6 anos  como diretor da ONS(Operador Nacional do Sistema Elétrico) terminou e ele, por perceber uma deficiência na área de gestão em tecnologia na engenharia, queria suprir este défict voltando a lecionar na Instituição. Citou ainda, que por estar há bastante tempo afastado da parte de aplicação técnica da eng. Elétrica não queria lecionar disciplinas específicas de desta área. No seu cargo na ONS, trabalhou com T.I., Finanças e Gestão, e assim, desejava lecionar apenas na área de gestão e projetos. O professor Milton propôs que ele lecionasse mais algumas matérias específicas  por conta da falta de professores. Porém, o ex-prof.  Fortunado reafirmou que não estava disposto a lecionar tais disciplinas. Um professor, o qual não sei o nome, perguntou porque o mesmo estava levando este questionamento àquela reunião, dado o fato que para voltar a lecionar, ele não precisava da aprovação da mesma. Em resposta, o ex-prof. Fortunato pediu desculpas se estava fazendo os colegas perderem tempo com aquela apresentação, queria apenas explicar antes o porquê estaria lecionando aquela disciplina em vez de "meter o pé na porta", o professor que fez o questionamento disse que sua intenção não era afronta-lo. O ex-prof Fortunato continuou se desculpando por um tempo e ao final, pediu licença por não considerar sua presença pertinente àquela reunião . Após o ocorrido, os professores comentaram que será uma ótima contribuição à Instituição a volta do ex-prof. Fortunato.

Requerimento dos alunos por alteração dos horários de aulas

     Então chegou o momento mais esperado: o documento que redigimos solicitando a mudança dos horários das aulas para fim de tarde/noite a partir do 6 período para os cursos subordinados ao DEPEL. O prof. Milton citou que tinha em mãos um documento redigido pelos alunos que solicitava que aulas fossem transferidas para a noite. Ao discutir o assunto com o prof. Pedroza, perceberam que concordavam em  tantas idéias que ficou acertado que o prof. Pedroza iria redigir o documento em resposta ao requerimento. Os professores presentes questionaram que não leram o documento. Alguns professores citaram que gostariam de ler o mesmo naquele momento. O prof. Milton, porém, citou que o requerimetno era extenso para ser analisado por meio de leitura naquela reunião. Explicou que o documento de resposta  fazia referência ao requerimento dos alunos. Desta forma, na própria resposta os professores conheceriam o conteúdo do requerimento. O prof. Carlos Henrique(Vice-diretor do CEFET) pediu que o prof. Milton explicasse melhor então, antes de ler o documento redigido pelo prof. Pedroza, em que consistia tal documento confeccionado pelos alunos.

     Após explicar brevemente que o requerimento consistia no “pedido de aulas noturnas”, começaram burburinhos pela sala. Os professores responderam que nas outras universidades o aluno não tem nem turno tarde/noite, a UFRJ, por exemplo, é turno integral. O prof. Paulo Jorge argumenta que quando fizeram vestibular, os alunos viram no edital que o período de aulas era tarde/noite, desta forma, o CEFET estava cumprindo o que informou. Neste momento o aluno Fábio pede a palavra e cita que no Edital de 2007, está que a partir do 8° período, as aulas seriam preponderantemente no turno da noite para as engenharias subordinadas ao DEPEL. Eventualmente, poderia haver aulas fora deste turno. Alguns professores começam a dizer “está ai... pode acontecer isso”, o Fábio continua dizendo que o que ocorre hoje é o contrário, as aulas são durante a tarde e eventualmente durante a noite. O aluno Maurício o interrompe e complementa, dizendo que este é um problema que afeta os alunos que precisam trabalhar. E ainda que os alunos são obrigados a não assistirem as aulas das disciplinas durante o período letivo e só aparecer nos dias de prova. Que há um descumprimento do Edital, pois na ocasião de divulgação deste, vinha dizendo que as aulas seriam à noite. Neste momento o prof. Milton diz que no documento, haverá as respostas para estas indagações. Então, é iniciada a leitura do mesmo.

     O documento começa citando que devido à experiência dos profs. Milton e Pedroza na sala de aula, consideram que as aulas noturnas apresentam um rendimento menor que as aulas durante a tarde. Além disso, oferecem risco à segurança dos alunos. Fala que no texto os alunos dizem ser comum turmas com poucos alunos durante o período de aulas e no período de provas estas mesmas turmas ficam lotadas. A proposta dele e do professor Pedrosa é aumentar a rigorosidade na cobrança de presença dos alunos. Inicia o próximo argumento citando um trecho do texto do requerimento dos alunos:

“Os alunos dizem que as aulas de quatro tempos não são dadas em sua totalidade por parte dos professores.”

     Neste momento pedi a palavra. Disse que gostaria de complementar a explicação sobre o texto e falei que, como o prof. podia ler no documento, este trecho tem uma parte final que não foi citada:

     “Nós alunos, dissemos que as disciplinas de quatro tempos seguidos não são dadas em sua totalidade DEVIDO AO CANSAÇO DOS PROFESSORES E DOS ALUNOS, porque ninguém agüenta ficar falando por quase 4 horas o mesmo assunto. Não estamos fazendo uma crítica aos professores. Estamos criticando a política de quatro aulas seguidas”. O prof. Milton afirmou com a cabeça.

     Citei também que nós não estamos pedindo aulas única e exclusivamente à noite, estamos pedindo aulas no turno fim de tarde e noite. O que não queremos é aulas 12:40 e 13:30. No 9° período de eletrônica, por exemplo, tem aula 13:30 de Computadores. Estas aulas no início da tarde prejudicam os alunos que fazem estágio, o qual é obrigatório no curso. Com a nova lei de estágio, de 2008, ficou proibida a permanência do estagiário de 30 horas semanais por mais de 6 horas na empresa. Pela lei, não existe mais banco de horas onde pode sair cedo um dia e compensar no outro. Se o estágio é de 6 horas diárias, qualquer dia que o aluno saia mais cedo, deverá compensar ultrapassando 6 horas no outro dia. Se o CEFET adota uma política de oferecer disciplinas obrigatórias no início da tarde, está havendo de certa forma, um estímulo ao aluno estagiar em empresas que não cumpram a lei. Ironica, mas corretamente afirmei: “Se o presidente Lula assinou a lei, acho que ela deve ser cumprida” . Neste momento a prof. Maria Aparecida afirma que como a lei diz isso, este problema das aulas no início da tarde deve ser prioridade máxima, é um problema “para ontem”. Se os alunos estagiam por 6 horas, eles estão saindo das empresas 14:30, realmente há um problema aí. A prof. Aline Gesualdi cita que fez um estudo sobre a mobilidade da grade de horários e percebeu uma dificuldade grande de alterações por conta de ter poucos professores, desta forma, o mesmo professor leciona diferentes disciplinas para turmas diferentes. O aluno Thiago Tuxi propõe um deslocamento em bloco dos horários das aulas. Ou seja, iniciar todas as aulas uma hora mais tarde. Em resposta escutamos que o CEFET é perigoso durante a noite, começa o murmurinho, o Maurício cita que os cursos de Eng. Civil e Eng. Mecânica têm aulas normalmente durante a noite, mas por conta do barulho não consegue ser ouvido.

     O professores pedem um pouco de compreensão de nossa parte, pois este é um assunto que não pode ser resolvido de um período para o outro, agravado ainda pela falta de professores. Que ainda haverá alguns problemas pontuais no período que está por fim. Afirmo que entendemos a situação, mas que apenas uma aula no início da tarde, por mais pontual que seja, já impede o aluno de estagiar por 6 horas por força da nova lei. Que eles também devem entender isso.

     Sobre os quatros tempos seguidos, todos concordam que este modelo é pouco produtivo.

    O prof. Félix(Chefe do Departamento de Ensino Superior) propõe a criação de uma Comissão, com um professor representante de cada um dos cursos subordinados ao DEPEL e um representante discente. Todos concordam e a Comissão é criada. Segue abaixo a listados representantes:

Presidente da comissão e representante de Eng. Eletrônica:  prof. Aline Gesualdi
Eng. De  Telecomunicações: prof. Frederico
Eng. Eletrotécnica: prof. Milton
Eng. De Controle e Automação: prof. Zachi
Representante Discente: aluno Luciano Netto (eu).

Parceria com empresa européia em Energia Limpa

Após essa discussão, foi iniciada a apresentação do prof. Trajano. A apresentação consiste na proposta de parceria de uma empresa européia com o CEFET na área de Energia Limpa. Sobre a mesma proposta, ficou decidida que deveria haver um estudo sobre a viabilidade da mesma segundo todo a trâmite legislativo.

No fim da reunião pedi que o prof. Milton me enviasse a planilha com os horários de aula do período que vem. Ele pegou meu e-mail e ficou acertado que enviaria.

Peço perdão por não lembrar o nome de todos os professores, mas ao fim da reunião , enquanto falava com o prof. Milton os outros professores saíram, não restando tempo de perguntar o nome deles.


                                                                                                                                          Luciano Netto

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Como chegamos aqui

O que poucos alunos sabem é a maneira como esses loucos tornaram-se D.A. Então neste artigo espero explicar resumidamente como tudo ocorreu.

O nosso presidente Fabio há alguns anos presenciou o fim do estacionamento para os alunos do CEFET/RJ e indignado com a situação foi buscar o D.A. - tarefa esta que não logrou êxito, devido a dificuldade de encontrar os teoricamente "representantes dos alunos". Ele então como cidadão comum entrou na ALERJ com um pedido referente ao estacionamento, mas sozinho não conseguiu nenhum efeito e desde então vem lutando por um D.A. atuante. Paralelamente, desde o início do curso, nosso vice-presidente Luciano, sempre esteve descontente com o conteúdo do fluxograma do seu curso(automação). Porém, não conseguia adeptos para lutarem por uma mudança. Notou falta de voz dos alunos, cursando uma disciplina, viu metade dos alunos serem jogados em prova final de forma totalmente arbitrária, por nascerem com o nome errado(vide primeiro tópico do blog). Quando o Fábio comentou com ele o problema do estacionamento e propôs a criação de um DA atuante, começaram juntos esta luta .  Com o tempo e os acontecimentos, mais alunos se juntaram aos dois nesta busca por soluções e melhorias para o CEFET. Porém, eles foram descobrindo que muitas delas poderiam ser facilmente resolvidas com um Diretório atuante.


Pois bem, Fabio e Luciano buscaram dialogar com o D.A. e conseguiram uma assinatura do então presidente que os davam o direito de participar dos conselhos do CEFET/RJ. Porém, encontravam barreiras nos momentos em que precisavam falar pelos alunos, já que não eram os representantes oficiais dos mesmos. Com a chegada de novos alunos querendo um D.A. atuante, o movimento ganhou força e forma. Então a eleição pedida a anos teve que sair por outros meios que não fosse da organização do próprio D.A. Depois de meses de espera, o estatuto do Diretório Acadêmico apareceu e nos possibilitou contestar o mandato da chapa que se dizia "eleita" durante anos. Mobilizamos os alunos para uma nova eleição, que surtiu efeito pois todos estavam cansados deste D.A. apático. Assim, uma comissão eleitoral foi montada e tudo foi feito com muita cautela, transparência e seriedade, inclusive com a participação da União Estadual dos Estudantes (UEE-RJ). Tudo foi feito diante das leis e só houve uma chapa inscrita, a dos alunos que iniciaram esta luta por esta mudança no Diretório Acadêmico.

No dia 16/11/2010, a comissão eleitoral nos empossou e nossa eleição foi discutida no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, sendo encarada com muita expectativa pelos conselheiros, que também estavam sentindo falta da mobilização dos estudantes da graduação do CEFET-RJ. Desde este dia estamos agindo como um Diretório Acadêmico Atuante que sempre foi a nossa luta. Esperamos com isso aproximar os alunos e mostrá-los os seus direitos e a sua participação para melhorar a nossa Instituição de Ensino.

sábado, 20 de novembro de 2010

Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão

O CEPE (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão) é o Conselho Acadêmico mais importante do CEFET, e no dia 18 de novembro de 2010 realizou sua última reunião ordinária de 2010, cuja pauta e comentários seguem:

Pauta:
1 Enem como entrada única
2 Certificação pelo Enem
3 Edital concurso professor
4 Avaliação institucional

RESUMO

1.   Basicamente todos os conselheiros estão contra o ENEM como entrada única no CEFET devido aos acontecimentos no exame, como atraso nos resultados. O que resulta em alunos entrando no meio do período, dentre outros problemas. O grau de dificuldade da prova também foi apontado como indesejado para o perfil do aluno que o CEFET-RJ deseja. Porém, o Fabio (Presidente do D.A.) destacou a importância do método de avaliação unificado e da quebra do paradigma das provas tecnocratas, que apenas provam a capacidade de decoreba de fórmulas e repetição dos candidatos. Assim, todos concordaram com a sugestão do Prof Felix (Chefe do DEPES), que destacou a importância de termos um "Plano B" para o caso de suspensão do ENEM pela justiça. Para finalizar, foram marcadas reuniões para fevereiro com o intuito de discutir e votar se em 2011 continuaremos a usar o ENEM como única forma de ingresso no CEFET.

2. O INEP queria que o CEFET certificasse os aprovados pelo ENEM com o diploma de Ensino Médio. Todos votamos contra pois estaríamos banalizando o ensino do CEFET já que qualquer um que fizesse um mínimo de pontos no ENEM poderia requerer um diploma de conclusão emitido pela instituição CEFET e os que o conseguiram mediante seus esforços aqui, não teriam seu valor reconhecido.

3. Neste item foi apresentada a minuta do Regulamento para Elaboração de Editais Docentes elaborada por uma comissão de conselheiros. Este documento é importante para evitar que ocorram "lambanças" nos concursos para professores, e torne o processo mais transparente.

4. Ao contrário do que muitos pensavam, não foi discutida a avaliação que sofremos pelo INEP, e sim foi sugestionado que se crie uma comissão para pensar uma maneira do CEFET realizar auto-avaliações periódicas e poder apontar os problemas para serem solucionados. Estamos fazendo parte desta comissão.

Bem Vindo !

Este blog foi criado para ser um canal de comunicação entre o novo Diretório Acadêmico e os alunos do CEFET-RJ. A troca de diretoria se mostrou necessária pelo fato dos alunos da Instituição, hoje, estarem a mercê de muitos problemas. Sendo estes, causados principalmente por não saberem como agir em determinadas situações ou por não ter quem os defendam em instâncias superiores.

Mas então, o que o diretório faz? Qual seu motivo de existir?
Basicamente, a função do diretório é possibilitar ao aluno ter uma voz mais ativa e assim, poder solucionar seus problemas na faculdade e auxiliar nas futuras decisões da Instituição de forma que estas contribuam para sua formação.

Por exemplo, certa vez, uma turma foi dividida em 2 grupos, cada um faria uma visita e cada aluno entregaria um relatório sobre a mesma. A visita de um dos grupos foi cancelada e estes alunos tiveram que realizar uma prova. Os estudantes alegaram que o conteúdo da avaliação não foi dado em sala de aula. Assim, maioria do grupo que teve de fazer a prova ficou abaixo da média indo para prova final. Apesar de reclamarem, os alunos acabaram tendo que fazer a prova final.
Neste caso, é função do D.A. entrar nessa briga e defender os alunos.