Gostaria de iniciar com um breve esclarecimento: peço desculpas e não peço ao mesmo tempo, pelo tamanho do texto. Ele fica um pouquinho grande rsrsrs porque escrevo o texto não somente para dizer o que foi decidido na reunião, mas busco descrever como cada um age durante a mesma. É diferente falar “Foi aprovada a inclusão disso pelo colegiado” e “Na aprovação disso, o prof. Fulano levantou e falou que acha melhor que não seja assim, porém os outros colegas responderam dizendo que descordam, então o aluno tal citou que não tem como manter aulas assim”. Porque descrevo assim? Porque uma das funções do blog é mostrar ao aluno o que acontece nas reuniões e qual o objetivo e mentalidade de cada professor, como agem na corte. Por isso, invariavelmente meu texto será um pouco mais extenso. Porém, vou saber o que é necessário para divulgar as atas oficiais no blog. Elas são bastante resumidas, trazendo apenas o “foi aprovada a inclusão disso”. Sem mais delongas... segue a descrição da reunião com seus bastidores.
A reunião iniciou com a solicitação de licença da prof. Maria Aparecida para fazer pós-doutorado nos EUA. Esta foi aprovada por unanimidade.
Em seguida houve a apresentação do trabalho elaborado pela Comissão de horários composta na última reunião. Da qual, também participaram da elaboração de horários como discentes, além de mim, o Fábio (Presidente de D. A.), Gabriel( Diretor de Eletrotécnica no D.A.) e Maurício que apesar de não ser do D.A., possui um papel fundamental na atuação junto ao D.A. dentro dos conselhos do DEPEL.
Os horários escalonados por período foram aprovados por unanimidade, ou seja, 4 e 5 períodos, aulas a partir de 12:40. 6 e 7, a partir de 14:30 e 8, 9 e 10 a partir de 16:30.
OBS: Este item foi aprovado pelo colegiado do DEPEL( Departamento de Engenharia Elétrica), sendo assim, somente as aulas deste departamento estarão dispostas desta forma. As disciplinas de outros departamentos não se submetem a esta regra., por ex: Fen. De Transporte, Economia, Administração e etc... O nosso próximo passo será encaixar tais disciplinas neste esquema também. Porém, vale lembrar que deve haver uma explicação muito boa para que tais disciplinas sejam disponibilizadas durante a manhã, como está acontecendo com Fenômenos de Transporte este período. Já que o Edital, comunica que o turno do curso é tarde e noite.
O próximo item abordado foi que disciplinas iguais de ênfases diferentes, deveriam possuir as aulas no mesmo horário. O professor Caique se mostrou contra este item, dado o fato que se mesmas disciplinas forem dispostas em horários diferentes, os alunos tem mais liberdade de montarem a grade. Todos concordam, e entra-se num consenso de preferencialmente, manter as disciplinas no mesmo horário.
Quebra de 4 tempos seguidos da mesma matéria em 2 tempos em 2 dias diferentes.
O debate tem início, prof. Paulo Jorge afirma que prefere 4 tempos seguidos, que suas disciplinas podem ser dadas neste regime e que fluem melhor assim. Que no trabalho, o aluno ficara mais de 4 horas fazendo a mesma coisa e nem por isso ficará com a atenção e concentração gravemente comprometidos.
Me pronuncio, respondendo que na aula, são 4 horas vendo o mesmo assunto de forma teórica ao passo que no trabalho, são 8 horas seguidas, mas vendo diferentes assuntos e não sentado, imóvel, diante de um explanação teórica.
Os professores citam que tem disciplinas que são 4 tempos seguidos, porém, 2 de teoria e 2 de prática. Nós alunos, respondemos que não nos opomos a este caso, mas sim, ao caso de 4 tempos de teoria seguidos. Os professores citam ainda que esta é uma nova tendência das universidades. O prof. Frederico propõe a diminuição de 4 tempos seguidos para 3 tempos, que também é uma tendência e ele é capaz de lecionar melhoir a disciplina no regime de quatros tempos, tal como o prof. Paulo George citou. O professor Canela, diz que os alunos pediram essa disposição de 4 tempos. Questiono ao conselho cadê estes alunos. O prof. Fortunato afirma que este desgaste, provêem da forma de lecionar as aulas, sem utilização dos recursos multimedia disponíveis hoje, o que acaba tornando-a massante. O prof. Milton, afirma que é extremamente difícil montar grades horários com tempos ímpares, já houve esta experiência e não deu certo. Não sei o nome do professor que citou isso, mas vou procurar saber, afirma:
“Gostaria de lembrar aos senhores que a redução de 4 tempos para 3 é uma política das universidades particulares, que fazem isso como forma de reduzir a folha de pagamento dos docentes, esta é a motivação desta política”
Os professores concordam. Digo que algumas disciplinas, funcionam melhor em 4 tempos, mas não todas. Me respondem que não podemos querer quebrar todas as disciplinas de 4 tempos em 2 em função de poucos casos de disciplinas que são inviáveis em 4 tempos. Fica decidido que os professores que quiserem dividir seus 4 tempos seguidos em 2 tempos cada dia poderão fazê-lo, caso julguem que esta disposição de horário seja melhor em suas matérias. Então proponho aos professores que no início do próximo período confiram se houve pelo menos uma divisão de matérias por livre e espontânea vontade dos professores, visando a melhor absorção de conhecimento por parte dos alunos. Que acredito que isto não ocorrerá. Ouço que, se os alunos disserem que esta ou aquela aula precisa da quebra dos tempos, esta será feita. Então... ficou decidido assim.
Disicplinas optativas específicas do DEPEL
O horário das disciplinas optativas específicas do DEPEL ficou estabelecido como sendo sempre após as 16:30.
Para a montagem dos horários, foi estabelecida a seguinte ordem de prioridade a ser seguida pelo DEPEL para a montagem das grades horárias, caso 2 professores venham a competir pelo mesmo horário:
Prioridade Máxima: Regime de 20 horas
Prioridade Média: Regime de 40 horas
Prioridade Mínima: Regime de 40 horas
Sendo que as disciplinas de outros departamentos e de professores requisitados ao DEMET(Departamento de Médio e Técnico), devem ser alterados o mínimo possível.
O Prof. Caique pediu atenção porque muitos critérios poderiam não ser possíveis devido à falta de professores na instituição. Porém, a prof. Aline e o prof. Milton explicaram que daqueles critérios, apenas alguns foram aprovados, desta forma, não trariam mudanças muito bruscas.
Correção das equivalências currículo novo-antigo
O prof. Milton propôs a correção das equivalência das optativas entre os curriculos. Citou o problema dos alunos de Automação que começaram o curso no curriculo antigo, foram convertidos para o curriculo novo, porém, algumas disciplinas antigas obrigatórias não possuem equivalência no novo. Ele propôs a inclusão de tais disciplinas como optativas. O prof. Zachi citou que já tinha enviado no passado uma tabela de equivalências. Ficou decidido então que as equivalências serão montadas de acordo com esta tabela.
O prof. Milton citou a grande quantidade de pedidos de quebra de pré-requisito que chegam ao DEPEL. Disse que alguns professores consideravam os pré-requisitos de suas disciplinas inapropriados. Foi criada uma comissão, com os mesmos integrantes docentes da comissão sobre os horários (Profs. Zachi, Aline, Milton e Frederico), para avaliar os pré-requisitos e as equivalências de disciplinas entre o antigo e o novo currículo. Ainda foi definido que, a partir deste período, não haverá mais quebra de pré-requisitos.
O prof. Milton solicitou, porém, o poder do chefe de departamento quebrar pré-requisito no caso do aluno que, por exemplo, falta cursar duas disciplinas para se formar, mas uma é pré-requisito da outra. Não houve aprovação geral, então ficou decidido que neste caso, o colegiado deverá aprovar ou não a quebra de pré-requisito.
Assuntos Gerais
A prof. Maria Aparecida notificou que foi cobrada por parte dos operários, a liberação da outra parte do 2º andar para início das obras, porém, parece que a parte que estava em obra não está totalmente acabada ainda. O prof. Caique citou que a solicitação do espaço tem que ser formalmente feita pelo gestor da obra ao CEFET. A prof. Aline citou a preocupação em levar os equipamentos de laboratório para a parte semi-acabada da obra, pois aquele setor não foi dimensionado para instalações de todos os equipamentos do laboratório. Os laboratórios ficarão no espaço onde irão começar as obras. O espaço a ser entregue, agora, será para salas de professores e salas de aula.
O prof. Félix citou que em uma conversa com o pessoal da Mecânica, tinha discutido a possibilidade deles cederem em colaboração um espaço de seu pavilhão como uma medida emergencial para os alunos não ficarem sem os laboratórios. Ele se dispôs a resolver isso.
Ao ser solicitado o próximo assunto a ser abordado o prof. Afonso se pronunciou, em voz alta e notadamente descontente. Ele falou que durante toda a reunião ouviu falar sobre horários de aulas, reorganização de disciplinas e etc... mas o problema mais grave, dos professores, não foi tocado. Ele está dando 6 disciplinas esse período, está com a agenda cheia de aulas e em função disso, não consegue desenvolver suas atividades de pesquisa. Que ele fez doutorado e não foi à toa. Se sente prejudicado e injustiçado por estar com tantas disciplinas assim, sem ter tempo para exercer a criação de conhecimento nas pesquisas. Disse que de forma nenhuma irá abandonar alguma turma por conta disso. Se não for resolvido, vai dar as aulas, mas cobra uma solução do Departamento para esta situação. Nesta situação além de ter a qualidade de suas aulas afetada, tem a saúde afetada. Quando não está dando aula, está planejando aula. Ele questiona qual solução o Departamento poderá dar porque não tem condições de trabalhar desta forma.
Os professores citam que o problemas advém da falta de docentes, porém, cobram uma solução para o problema do colega. O prof. Caique cita que o problema é ocasionado pela não abertura de concurso para magistério superior, que seria solucionado com a transformação em UTFRJ. Ele explica a necessidade de transformação em Universidade e os benefícios e as curas para o malefícios que passamos hoje.( Este assunto será abordado em outra postagem). É discutido no colegiado a falta de professores. Então o prof. Caique solicita que na próxima reunião se divulgue no quadro o número de aulas que cada professor está dando, para todos verem e assim redistribuírem igualitariamente. Neste momento o prof. Aquino se levanta e vai em direção à porta, cita que este problema deve ser resolvido pelo chefe de departamento com cada professor. Que a divulgação aberta é uma afronta e diz que não estamos na ditadura. Que acha desrespeitosa tal atitude. O prof. Caique insiste na sua proposta. Após um tempo de debates geral sobre o tema, fica decidido que haverá uma reunião de emergência entre alguns docentes da Eletrotécnica para haver a redistribuição de turmas.
Assim, termina a reunião do DEPEL.
Apesar de não conseguir aprovação de todas as propostas, nós do Diretório estamos felizes pela aprovação do escalonamento das aulas, que consideramos a principal proposta de mudanças e que trará mais benefícios aos alunos.
Luciano Netto de Lima
Tenho nada a ver com a elétrica, mas li aheuahuae
ResponderExcluiraté pq volta e meia to fazendo matéria com vcs.
" O prof. Caique cita que o problema é ocasionado pela não abertura de concurso para magistério superior, que seria solucionado com a transformação em UTFRJ."
Titio Caique ta concorrendo lá pra diretoria, não é?
Ta faltando tanto prof que desde que entrei escuto isso, inclusive durante as aulas. Profs choramingando pq tem 900 matérias nas costas e a qualidade das aulas é reduzida, além do esgotamento. No meu curso (civil) passamos por esse problema, sofremos por sermos novos no CEFET mas estamos resolvendo.
Espero que isso mude logo. Ótimo trabalho, continuem assim e contem com meu apoio.
Abç